domingo, 5 de setembro de 2010

Vida Moderna

_ "Quando considero a brevidade da vida, dolorosamente me impressiona a incessante preocupação de que é para vós objeto o bem-estar material, ao passo que tão pouca importância dais ao vosso aperfeiçoamento moral, a que pouco ou nenhum tempo consagrais e que, no entanto, é o que importa para a eternidade. Dir-se-ia, diante da atividade que desenvolveis, trata-se de uma questão do mais alto interesse para a humanidade, quando não se trata, na maioria dos casos, senão de vos pordes em condições de satisfazer a necessidade exageradas, à vaidade, ou de vos entregardes a excessos. Que de penas, de amofinações, de tormentos cada um se impõe; que noites de insônia, para aumentar haveres muitas vezes mais que suficientes! Por cúmulo de cegueira, freqüentemente se encontram pessoas, escravizadas a penosos trabalhos pelo amor imoderado da riqueza e dos gozos que ela proporciona, a se vangloriarem de viver uma existência dita de sacrifício e de mérito - como se trabalhassem para os outros e não para si mesmas! Insensatos! Credes, então, realmente, que vos serão levados em conta os cuidados e os esforços que despendeis movidos pelo egoísmo, pela cupidez ou pelo orgulho, enquanto negligenciais do vosso futuro, bem como dos deveres que a solidariedade fraterna impõe a todos os que gozam das vantagens da vida social? Unicamente no vosso corpo haveis pensado; seu bem estar, seus prazeres foram objetos exclusivo da vossa solicitude egoística. Por ele que morre, desprezastes o vosso Espírito, que viverá sempre . Por isso mesmo, esse senhor tão animado e acariciado se tornou o vosso tirano; ele manda sobre o vosso Espírito, que se lhe constitui escravo. Seria essa a finalidade da existência que Deus vos outorgou? - Um Espírito protetor. (Cracóvia, 1861). - O evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XVI, Item 12 -
Não podemos nos furtar a notar a data que este arquivo fora escrito, logo, podemos imaginar o quanto é atual a proposição feita pelo Espírito protetor. Nos dias de hoje vivemos em uma corrida sem fim para angariarmos mais e mais bens materiais, o que é normal, porém o fato mais condenado pelo autor do artigo é o esquecimento dos bens morais, da fraternidade e da solidariedade. Neste ponto a humanidade cruza o limite do ser humano e mergulha no lodaçal da selvageria urbana.
Porém os prejuízos que este comportamento traz para o ser envolvido é tão grande, do ponto de vista de sua saúde mental, que se, não houvesse nenhuma filosofia sobre a terra, a ciência certamente teria que intervir.
Enfim, todos aqueles vícios morais que já conhecemos de carteirinha, mata o corpo e esteriliza o espírito.
Blog Consolador.